“Problemas com a garantia são mais da metade das reclamações sobre celulares”

Período: 24/08/2010 a 30/08/2010

Título: “Problemas com a garantia são mais da metade das reclamações sobre celulares”

Fonte: Site uol notícias, 27/08/2010, http://economia.uol.com.br/ultimas-noticias/infomoney/2010/08/27/problemas-com-a-garantia-sao-mais-da-metade-das-reclamacoes-sobre-celulares.jhtm

Resumo:

O PROCON registrou um grande índice de reclamações referente a problemas com grandes marcas de aparelhos celulares.

Crítica:

Essas reclamações, há algum tempo atrás, aconteciam com menor freqüência, pois os aparelhos possuíam maior durabilidade. Mas qual seria o interesse dessas empresas em fornecer produtos com baixa qualidade? O problema é que elas perceberam que os produtos com menor durabilidade trazem mais lucros.

Com isso, o maior prejudicado é o consumidor, pois acaba ficando sem opções na hora da compra, já que todas as marcas mantêm quase os mesmos padrões de qualidade.

As lojas também não podem ser consideradas as “mocinhas” da historia, pois para elas, é interessante vender produtos que estragarão rápido, porque com isso, o consumidor precisará adquirir outro, fornecendo lucro não somente para as empresas, mas também para as lojas.

Na hora da compra é preciso que o consumidor fique atento para garantir que seus direitos sejam assegurados se futuramente houver necessidade. É nessa hora que eles são mais prejudicados, pois o comerciante oferece a garantia, mas não pela loja, e sim através das empresas. Com isso, quando o consumidor precisa utilizar a garantia, não consegue obter a troca imediata e nem uma solução para o seu problema, gerando diversos conflitos, pois ambos os lados, a loja e a empresa, tentam “vencê-lo pelo cansaço” e na maioria das vezes conseguem. O consumidor “deixa pra lá” os seus direitos e acaba comprando um produto novo.

Afinal, quem pode deter essa falta de honestidade? Nem o próprio governo tem interesse em melhorar essa situação, pois esse mercado rotativo aumenta a economia do país, uma vez que a baixa qualidade de aparelhos gera maior produtividade, o que aumenta as relações com o mercado externo em compras de peças para a montagem e cresce a necessidade de mão-de-obra nas fábricas, gerando mais empregos, e aumentando o mercado consumidor. Dessa forma aumenta significativamente a arrecadação de impostos.

Mas o que a maioria não leva em conta é o prejuízo ambiental que o consumo excessivo gera. A crescente venda de aparelhos eletrônicos gera também o crescimento do lixo eletrônico, o chamado e-lixo, que muitas vezes é descartado de forma inadequada, contaminando assim o solo e os lençóis freáticos por conta dos elementos químicos presentes nos aparelhos.

Entretanto, os únicos que podem conter essa atitude antiética das empresas são os próprios consumidores, que precisam exigir melhor qualidade dos produtos e informações mais claras no momento da compra.

E você, prefere acabar com isso ou continuar consentindo com essa falta de respeito?